Gobstopper's

Júlia '♥'

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Não sei bem ao certo quem sou. Já fui um pedacinho de gnt, uma criança e, hoje, não sei se ainda sou uma garotinha ou se já estou a um passo de me tornar uma mulher. Já tive sonhos idiotas, chorei ouvindo música e confesso que ainda tenho medo de escuro. Sou neta, filha e futura mãe; uma metamorfose ambulante e prefiro ser assim do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo. Sou a compreensiva e a incompreensível, a que chora e que sorri por motivos bobos. Nunca sei como terminar o que comecei, mas que atire a primeira pedra quem nunca se perdeu nas próprias palavras. Me conformo em não agradar a todos, mas de qualquer forma, aí vai um recadinho pra você: muito prazer, Júlia!


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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Capítulo 2

Uma chuva fina começou a cair sobre nossas cabeças e o barulho que nossas pisadas faziam no chão não ajudariam em nada se quiséssemos que ninguém soubesse que estávamos acordadas. Andávamos com muito cuidado, com os olhos fixos no chão, atentas a qualquer galho ou graveto caído que pudesse nos denunciar caso fosse pisado acidentalmente.
Tudo estava muito calmo, eu até comecei a achar que eu tinha mesmo imaginado as manchas negras do lado de fora naquela noite. Mas eu não estava disposta a voltar para o quarto e ter que reconhecer à Evie que eu tinha me precipitado. Isso estava fora de cogitação! Já me bastava sua cara emburrada ao meu lado, implorando para voltarmos, a expressão nitidamente medrosa.
Eu já estava curiosa demais e não ia descansar enquanto eu não descobrisse o que estava acontecendo de anormal naquele clube de férias. Passei uma semana insone, roendo as unhas de ansiedade para descobrir o suposto mistério e, agora que eu tinha uma companheira - mesmo que bicuda - comigo, eu não ia tentar me convencer da minha possível insanidade e deixar uma aventura passar.
Já havia mais ou menos uns 40 minutos que estávamos andadando a esmo pelo terreno e a insistência de Evie para deixarmos para o próximo dia nossa varredura estava quase começando e me vencer pelo cansaço. Eu disse quase.
Como se estivesse nos vigiando, um vulto atrás do refeitório passou por nós deixando para trás um rastro de vento frio e desconforto. O frio que eu vinha sentindo durante a semana anterior estava tomando conta de mim de novo e eu estremeci. Olhei para o lado para ver a reação de Evie e eu nunca vi alguém com os olhos tão arregalados como os dela estavam. E devo acrescentar que - como ela conseguiu essa proeza? - ela estava mais branca que eu. Ela não conseguia formar frases coerentes.
- O q-que fo-o-i aqui-i-lo? - ela gaguejava.
- Agora você acredita? - perguntei com um sorriso repuxado, sentindo o doce gosto do perigo.



Continua...

8 comentários:

Macaco Pipi disse...

cada vez melhor!

Anônimo disse...

Parabéns pelo blog!
Ansioso para saber o final!

Marcus Portella disse...

Olha , li o texto
achei bem interessante ,de verdade
voltarei com mais calma para ler o inicio, fiquei meio perdido.

Mas a narrativa é bem interessante !
Parabéns.

se der , da uma passada la no apartamento ;)

http://apt404.blogspot.com/

Tadashi Katsuren disse...

Me inveja ver tantos autores tão bons por aí. Não tive tempo de ler seu blog por inteiro, querida, mas pode ter certeza que irei tratar de ler suas postagens com calma.
Dei uma breve olhada nessa postagem, e gostei muito de seu estilo de escrita. Conseguiu um seguidor que a acompanhará sempre que puder. :)


Atenciosamente, Tadashi Katsuren.
Contos e Poemas, escritos por mim, em:
www.let-me-fly-with-you.blogpost.com

Luiz Scalercio disse...

eu achei bellissimo
texto gostei muito.
prbns e muito sucesso.

nâna. disse...

Que blog mais legal esse seu! Sempre que puder,estarei aqui lendo!Já estou seguindo.

:D um grande abraço

http://paginasdeumvelhocaderno.blogspot.com/

Alexandre Terra disse...

otimo texto! adorei o conto, quero ver a continuação!

Suzy Carvalho disse...

vc escreve mto bem, narra de uma forma gostosa, da vontade de ficar lendo e lendo por horas, parabens!