Gobstopper's

Júlia '♥'

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Não sei bem ao certo quem sou. Já fui um pedacinho de gnt, uma criança e, hoje, não sei se ainda sou uma garotinha ou se já estou a um passo de me tornar uma mulher. Já tive sonhos idiotas, chorei ouvindo música e confesso que ainda tenho medo de escuro. Sou neta, filha e futura mãe; uma metamorfose ambulante e prefiro ser assim do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo. Sou a compreensiva e a incompreensível, a que chora e que sorri por motivos bobos. Nunca sei como terminar o que comecei, mas que atire a primeira pedra quem nunca se perdeu nas próprias palavras. Me conformo em não agradar a todos, mas de qualquer forma, aí vai um recadinho pra você: muito prazer, Júlia!


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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

.... continuação!

- Você deve estar brincando! O que quer que aquilo seja, você não deve estar falando sério quando diz querer descobrir o que está acontecendo! Você está louca? Isso é perigoso! Se nos descobrirem... - ela não completou a frase, querendo que eu mesma tivesse a noção do que nossa caça implicava.
- Ah, qual é? Eu não sei o que você pensa das suas, mas as minhas férias estão um tédio! Vamos lá! Um pouquinho de suspense não vai fazer seu coração parar - incitei-a.
Por um momento, achei que tivesse que corrigir minha última frase: ela tremiam tanto que suas pernas estavam moles e tive a impressão de que seu sang
ue congelaria em suas veias e pararia de circular. Mas ela me olhou nos olhos, apontou o dedo para mim e me disse tentando parecer séria:
- Se eu morrer de medo, Claire, no sentido mais literal da expressão, eu volto do onde eu estiver para te arrastar para lá comigo!

Eu só consegui rir de sua reação. Ela não fazia do quanto ela era hilária quando tentava ser firme. - Vamos então!
Peguei seus punhos gelados e a puxei para trás do prédio do refeitório, de onde as sombras haviam saído.

Mas, depois que avançamos, perdi novamente meus alvos. As coisas estavam como deviam estar; não havia pegadas no chão, não havia o estalar de nenhum galho seco, nem o vento estava soprando. Apenas a aura estava mudada: em vez da calmaria que deveria prevalecer na madrugada, havia um clima tenso, pesado, uma sensação que dificultava a respiração. Se eu nao tivesse reparado bem, não perceberia que a água do lago formava pequenas ondas. Engraçado, pensei comigo mesma, não estava ventando. Foi quando senti o toque de Evie no meu braço esquerdo, a outra mão apontando para a outra margem do lago, para uma pequena embarcação de três pessoas. Um ponto de luz muito pequeno agora era visível e tive que reconhecer que sem um bote não conseguiríamos chegar ao outro lado.
Girei em meus calcanhares, olhei para minha amiga medrosa e falei:
- Amanhã. Eles não nos escapam.
E vi qu
e seus olhos rolaram de desânimo ao entender que ela, mais uma vez, estaria incluída no plano.



Continua...