Gobstopper's

Júlia '♥'

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Não sei bem ao certo quem sou. Já fui um pedacinho de gnt, uma criança e, hoje, não sei se ainda sou uma garotinha ou se já estou a um passo de me tornar uma mulher. Já tive sonhos idiotas, chorei ouvindo música e confesso que ainda tenho medo de escuro. Sou neta, filha e futura mãe; uma metamorfose ambulante e prefiro ser assim do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo. Sou a compreensiva e a incompreensível, a que chora e que sorri por motivos bobos. Nunca sei como terminar o que comecei, mas que atire a primeira pedra quem nunca se perdeu nas próprias palavras. Me conformo em não agradar a todos, mas de qualquer forma, aí vai um recadinho pra você: muito prazer, Júlia!


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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Prefácio


Três horas da manhã. Ou talvez quase isso. Como em todas as outras sete noites, meu sono foi interrompido mais uma vez. Não sei exatamente por que - ou por quem - mas eu tenho sido acordada por barulhos estranhos que, como constatei, só eu escuto e por um frio intenso que só eu sinto. Enquanto eu ficava acordada e o resto do acampamento dormia, olhei para o teto, sussurrei algumas músicas antigas, virei de um lado para o outro da cama só na esperança de que o sono me tomasse de volta. Tentativas em vão: quanto mais eu tentava relaxar, mais meus olhos relutavam em se fechar.
Até que resolvi esperá-la, ou melhor, esperá-las voltarem a surgir. Ao lado de minha cama dura até para uma pedra, havia uma janela daquelas do tipo de filme de terror: divida em quatro quadrados por onde entra a sombra fantasmagórica de uma árvore. E junto com a sombra da pobre árvore que nada tem a ver com meu medo, mais três silhuetas cruzavam velozmente a parede do quarto. Da primeira vez, fingi que nem as vi e me cobri até a cabeça com o cobertor meio empoeirado. Na segunda, corri até ofegar para ver quem estava tentando me colocar medo. Da terceira até a quinta vez, foi a mesma coisa: corria e, quando eu achava estar muito perto, elas desapareciam do nada. Até que cheguei à conclusão de que devia ter ficado louca.
Quem quer que estivesse tentando me assustar, já deveria ter se dado conta de que conseguiu e, por fim, desistido. Até o momento não havia visto mais nenhuma sombra comprida e torta passando pelo lado de fora do dormitório. Mas eu ainda sentia frio, talvez mais do que nas outras noites.



Continua...

8 comentários:

Paula Flgs disse...

Suspense? uuuuuuuuhh! adorei!

Unknown disse...

Um brilhante começo para estupenda aspirante à escritora.

Aguardando as próximas postagens

palavras ao vento disse...

esperamos a continuação...e que frio sera esse?...de quem sera essa sombra...????

Caio Gomes disse...

Gostei muito do texto, vou ficar aguardando a continuação,

continue assim, parabéns pelo blog!

Anônimo disse...

gostei muito do seu texto!!!
visite meu blog tambem
http://kernexzone.blogspot.com/

Anônimo disse...

Acampamentos nao sao pra ti hhh
http://ebisrael.blogspot.com/
Visite, comente e siga.

Roberta Prado disse...

Muito bom! Também gostei do texto. Sucesso com o blog!

Cacau disse...

Vou continuar lendo, me lembra os contos de Lígia Fagundes Teles
parabéns!